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Avaliação: Chevrolet S10 4x4 Flex 2015

Avaliação: Chevrolet S10 4x4 Flex 2015

Picape da Chevrolet traz o motor Flex mais potente da categoria

Por Jorge Augusto
Fotos: Marcelo Alexandre
 
No final de 2015, a Chevrolet apresentou a linha 2015 da sua picape campeã de vendas. A principal novidade da família S10 foi justamente um novo moto r Flex da família ECOTEC. Totalmente inédito no mercado brasileiro, esse moto r incorpora tecnologia de ponta. Ainda que ele já seja usado em outros países, em picapes e crossovers da Chevrolet, no Brasil ele traz a novidade de ser Flex!
 
Com quatro cilindros e duplo comando de válvulas totalmente variável (tanto no comando de admissão, quanto exaustão), esse moto r 2,5 litros ECOTEC produz até 206 cavalos de potência, com um torque máximo de 27,3 kgfm (quando abastecido com etanol). Dessa forma, ele é o moto r Flex mais potente do mercado a equipar uma picape média, no Brasil.
 
Com o novo moto r, a Chevrolet fez algumas mudanças na sua grade de versões. O novo moto r substituiu nas versões intermediária LT, e de topo de linha LTZ, o antigo 2,4 litros Flexpower de 147 cavalos de potência. É importante destacar que o antigo 2,4 litros Flexpower permanece na versão de entrada LS (disponível com cabine simples e dupla e tração 4x2). Nessa avaliação, trazemos a S10 LTZ, com tração 4x4 e novo moto r 2,5 litros Flex.
 
Ainda mais confortável e equipada
 
Antes de falar da novidade do moto r é importante destacar que a linha 2015 da S10 também recebeu outras melhorias. Toda a linha da picape da Chevrolet teve a suspensão dianteira e traseira recalibrada, com o intuito de deixar o conjunto mais rígido, e a direção, mais direta. Uma das mudanças está nas buchas, que passaram a ter maior rigidez. O resultado é um veículo mais estável em rodovias e mais confortável em pisos irregulares. Entre as picapes concorrentes de igual porte, a S10 agora fica exatamente no meio entre conforto e resistência, sendo a mais equilibrada de todas. 
 
O interior da S10 recebeu mudanças com reforços no isolamento acústico da cabine, utilização de acabamento mais primoroso com a adoção de novos materiais, além de equipamentos de série adicionais. Na nova versão LTZ, todo o painel conta com uma nova textura, mais suave ao toque, além de moldura central do painel e das portas e do volante em material preto brilhante. O descansa braço recebe acabamento em couro na cor cinza com pespontado.
 
A lista de equipamento de série da versão LTZ também cresceu. Destaque para o Assistente de Partida em Rampas (Hill Start Assist), que não permite que o veículo recue em saídas íngremes, e o Assistente de Descida (Hill Descend Control), que controla a velocidade em descidas íngremes sem a necessidade de intervenção do moto rista, proporcionando maior segurança. Completa a relação os controles eletrônicos de tração e de estabilidade (TC e ECS) e o controle de balanço de reboque (TSC), que aciona automaticamente os freios e reduz o torque do moto r, caso seja detectado alteração da trajetória do trailer, por exemplo.
 
A versão LTZ (topo de linha) já sai muito bem equipada. Entre os destaques pode-se destacar banco do moto rista com todos os ajustes elétricos, volante com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital e automático e central multimídia com GPS e tela sensível ao toque.
 
Motor ECOTEC 2.5 SIDI Flex
 
É inegável o salto tecnológico que a Chevrolet deu com esse novo moto r. Motores de picape, mesmo os Flex, geralmente são rústicos e sem refinamento tecnológico. Esse novo 2.5 ECOTEC reúne o que existe de mais moderno em tecnologia: injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas continuamente variáveis e bloco em alumínio com camisa em ferro fundido. Completam a lista um eixo balanceador (para reduzir vibrações), pistões em alumínio com resfriamento por jatos de óleo, bomba de óleo variável, controle eletrônico da temperatura do moto r e sistema de partida a frio sem tanquinho e sem pré-aquecimento do combustível!
 
A grande evolução é certamente a injeção direta de combustível (num sistema flex) que permite ao moto r trabalhar com maior eficiência, pois o combustível é injetado diretamente na câmara de combustão. E é exatamente essa tecnologia que permite partidas seguras, mesmo com etanol, sem precisar pré-aquecer o combustível. Para isso foi usado um bico injetor extremamente preciso, que vaporiza o combustível diretamente no cilindro. Dessa forma, e com a compressão, a mistura de ar e combustível se aquece espontaneamente, garantindo a partida. Para que isso funcione perfeitamente, a picape possui duas bombas de combustível: uma no tanque e outra no cabeçote.
 
O duplo comando de válvulas continuamente variável, ao mesmo tempo que muda o tempo de abertura e fechamento das válvulas, aumenta o torque e a potência conforme a necessidade do moto rista, otimizando o consumo de combustível e reduzindo as emissões. Segundo a Chevrolet, esse novo moto r é até 6% mais econômico (nas mesmas condições) que o atual 2,4 litros Flexpower.
 
Vale destacar que esse é um moto r para aplicação longitudinal (e não transversal). Assim, ele é aplicado em picapes e crossovers da marca. Nos EUA, ele equipa também a picape Colorado (sem ser flex). Então, segundo a engenharia da Chevrolet, a chance dele ser aplicado num automóvel, é muito pequena. Outro fato importante é que o desenvolvimento do sistema Flex para esse moto r é totalmente brasileiro. Foi a engenharia da Chevrolet Brasil que fez o sistema de injeção direta funcionar com o Flex!
 
Tração 4x4 e câmbio de 6 marchas
 
Ainda que não seja uma novidade na picape da Chevrolet, a tração 4x4 está sendo usada pela primeira vez numa versão com moto r Flex. O sistema de tração contempla o acionamento por controle eletrônico e inclui a opção da reduzida. Essa é a mesma tração que equipa as versões diesel da picape S10. Outra interessante novidade, é que o novo moto r Flex vem associado a uma caixa de câmbio manual de seis marchas. Esse é outro importante fator para o bom desempenho da picape. Assim, sempre existe uma marcha ideal para as diversas situações de uso. Cabe destacar que, por enquanto, não está disponível a transmissão automática de 6 marchas, junto com o novo moto r Ecotec.
 
Dirigibilidade
 
Ainda que a S10 seja a mesma picape, o novo moto r possibilitou um desempenho muito mais expressivo. Para começar, o novo moto r é muito mais confortável. Aquele barulho característico do diesel, bem como a vibração de todo o conjunto, não se faz presente. Aliás, o esse novo moto r pode ser comparado ao de um automóvel, tanto na suavidade como no nível de ruído. E considerando o nível de potência, o moto rista conta com um desempenho nitidamente melhor que o moto r a diesel, quando usado na estrada. Dessa forma, a S10 à diesel só tem duas vantagens sobre a nova versão flex: um pouco mais econômica e a entrega de mais de força em rotações baixas. De resto, o novo moto r Flex só tem vantagens. Na estrada, por exemplo, o consumo está numa faixa boa. Com gasolina, e em velocidade constante de 110 km/h, sem carga na caçamba e com ar-condicionado ligado, a média chega à 10 km/l de gasolina. No etanol cai para perto de 7,5 km/l. Ainda sim, uma boa média para uma picape que pesa quase 2 mil quilos.
 
Um pouco mais de gama da S10
 
Agora, a picape Chevrolet tem em seu leque de configurações na linha 2015: duas carrocerias (simples e dupla), duas trações (4x2 e 4x4), três transmissões (manual de 5 e 6 marchas e automática de 6 marchas), e três de moto res (2.4 flex, 2.5 flex SIDI e 2.8 Turbodiesel). No total, são 14 pacotes. A linha 2015 da picape S10 está disponível em sete diferentes cores. Ao todo são 14 diferentes combinações. Na versão de entrada LS cabine simples, com 1.031 kg de capacidade de carga, o modelo conta com ar-condicionado, computador de bordo, freios ABS e airbag duplo.
 
A versão intermediária LT está disponível somente com cabine dupla e transmissão de seis marchas (manual ou automática). As opções de moto res são o novo 2.5 ECOTEC flex e 2.8 Turbodiesel, também com opção de tração 4x2 ou 4x4. Esse pacote inclui conjunto elétrico de travas e vidros, controle de cruzeiro, sistema multimídia MyLink, coluna de direção regulável em altura e rodas de liga leve.
 
Com as mesmas configurações mecânicas, a versão LTZ soma ainda faróis dianteiros tipo projetor, lanterna traseira em LED, rodas aro 17 polegadas, sensor de estacionamento, navegador por GPS, bancos em couro, volante multifuncional, rack de teto, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em aclives e controle de velocidade de declives e câmera de ré. O preço sugerido para essa versão 4x4 Flex LTZ é de R$ 110 mil.
 
Mercado
 
A S10 é a picape líder em seu segmento, desde seu lançamento em 1995. De lá pra cá, a margem dessa liderança oscilou conforme a época, ou a chegada de novos concorrentes. Mas a picape nunca deixou de ser líder. E nessa história toda, a picape sempre esteve presente em diversas situações de uso e aplicações.
 
Um pouco da história
 
Lançada em 1995, a S10 inaugurou um segmento de picapes no mercado brasileiro. O primeiro modelo era equipado com o moto r 2.2 TBI (com injetor único para todos os cilindros), além de versão V6 4.3 a diesel.
 
Em 1997, a picape recebeu melhorias que aumentaram a performance e reduziram os níveis de emissões. Destaque para a adoção da injeção MPFI (com único injetor central para múltiplos injetores). Em 2001 um novo moto r de 2.4, com mais potência e torque, foi lançado.
 
Em 2007, a S10 tornou-se a primeira picape Flex do mercado. O modelo teve tão boa aceitação que pouco tempo depois se transformou na versão mais vendida do utilitário. Em 2009, o propulsor Flex ganhou coletor em plástico e comando de válvulas roletado. E agora, a S10 chega com o inédito moto r 2.5 ECOTEC, equipado com injeção direta de combustível.