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Avaliação: Toyota Hilux Flex SRV 4x4

Avaliação: Toyota Hilux Flex SRV 4x4

Motor flex é opção para quem anda pouco e faz uso frequente em ambiente urbano

No início de agosto de 2016, a Toyota lançou no mercado brasileiro a linha Flex da nova geração da picape Hilux, equipadas com a motorização Dual VVT-i Flex 2.7 litros 16V DOHC, especialmente desenvolvida para o mercado brasileiro. Com isso, foram incorporadas três versões com este propulsor ao portfólio da picape Hilux, nas configurações SR 4x2, SRV 4x2 e 4x4, todas com transmissão automática de seis marchas.
 
A estratégia da Toyota com essa opção foi oferecer uma picape sempre completa, e com mais sofisticação e conforto, uma vez que alguns concorrentes diretos não oferecem câmbio automático, ou tração 4x4 no motor flex. Assim, a Hilux flex busca um cliente mais sofisticado, que vai usar o veículo mais para o lazer e dia a dia, e eventual trabalho ou necessidades específicas.
 
A introdução do motor 2.7 litros Dual VVT-i Flex complementa a linha diesel da nova Hilux, lançada em novembro de 2015. Com a adição da tecnologia de duplo comando de válvulas variável (Dual VVT-i), os veículos obtiveram performance superior em relação à geração anterior de motor flex da Hilux. Foco dessa avaliação, temos a versão 4x4 SRV flex.
 
Muito equipada
 
É importante destacar que não existe versão de entrada “pelada” da picape. Desde a versão SR 4x2 Flex, a picape já inclui diversos equipamentos, como: ar-condicionado manual; banco do motorista com ajuste de distância, inclinação e altura; coluna de direção com regulagem de altura e profundidade; chave tipo canivete; computador de bordo monocromático; controle de velocidade de cruzeiro; direção hidráulica progressiva; farol com nivelamento manual; faróis de neblina dianteiros; modos de condução ECO e Power; protetor de caçamba; retrovisor externo com regulagem elétrica e indicador de direção; rodas de liga leve aro 17”; Sistema Multimídia Toyota Play com tela de 7 polegadas touchscreen com sistema de navegação (GPS) integrado; sistema de entretenimento de vídeo integrado ao painel com TV Digital e leitor de DVD; rádio com CD Player/MP3; câmera de ré; Bluetooth; conexão USB e AUX; quatro alto-falantes; volante com comandos integrados; airbags frontais; airbag de joelho (para moto rista); freios ABS com EBD; sistema de alarme perimétrico e sistema universal para cadeira de criança ISOFIX. Tudo isso é de série, sem qualquer opcional de fábrica.
 
As versões SRV 4x4 e SRV 4x2, são idênticas em equipamentos, mudando apenas a oferta da tração. Assim, elas incorporam todos os itens relacionados no modelo SR, mais ar-condicionado automático/digital com saída de ar central para os bancos traseiros; banco do motorista com ajuste elétrico de distância, inclinação e altura; computador de bordo com tela de 4,2 polegadas de TFT colorida no centro do painel; estribos laterais na cor preta; retrovisor externo cromado; revestimentos dos bancos de couro e material sintético; seis alto-falantes no sistema de som; assistente de Reboque (TSC); Assistente de Subida (HAC); Controle Eletrônico de Estabilidade (VSC); Controle Eletrônico de Tração (A-TRC) e sistema de alarme volumétrico.
 
Entre os vários itens presentes na picape, destaque para a saída de ar-condicionado para o banco traseiro. Isso é um diferencial entre picapes. Até mesmo o sedan Corolla da própria Toyota, não oferece esse recurso.
 
Motor Flex 2.7 litros
 
A nova motorização Dual VVT-i Flex 2.7 litros 16V DOHC foi especialmente projetada para o mercado brasileiro. O grande destaque é a adoção da tecnologia de duplo comando de válvulas variável (Dual VVT-i), que atua no gerenciamento dos sistemas de admissão e escape da câmara de combustão, otimizando a queima do combustível, além da adição do sistema de partida a frio, eliminando a necessidade do subtanque auxiliar, refletindo em melhor desempenho. Outro aprimoramento do novo moto r é seu ganho de 7% em eficiência de consumo.
 
O motor flex entrega 163 cv de potência máxima a 5.000 rpm, quando abastecidos com etanol, e 159 cv, também a 5.000 giros, com gasolina. O torque máximo é de 25 kgfm (com álcool e gasolina), sempre a 4.000 rpm.
 
O propulsor obteve melhorias que visam mais torque em qualquer faixa de rotação, maior economia de combustível e menor emissão de poluentes. Para tanto, houve redução no peso de balancins, retentores e molas, além de uma reestruturação nos formatos da câmara de combustão e da entrada de combustível.
 
Ainda que a melhora seja perceptível, a picape da Toyota ainda deixa a desejar no quesito potência.  A Chevrolet S10 vem equipada com motor flex 2.5 Ecotec com potência de 206 cv a 6.000 rpm (no etanol) e 197cv a 6.300 rpm (na gasolina). O torque é de 27,3 / 26,3 a 4.400 rpm. Porém a picape da GM não tem a opção do câmbio automático com motor flex.
 
Já a Ford Ranger sai equipada com motor flex 2.5 Duratec iVCT com potência de 173/168 cv a 5.500 rpm. O torque máximo é de 25/24,3 kgfm a 4.500 rpm. Entretanto, ela não tem nem o 4x4 na flex, ou ainda o câmbio automático.
 
Transmissão automática de seis marchas
 
Todas as versões da Hilux Flex 2017 contam com a nova transmissão automática sequencial de seis velocidades, com controle eletrônico (Super ECT). O alcance de relações é mais amplo e atinge melhor aceleração em primeira marcha, além de reduzir o consumo de combustível na sexta, diminuindo a velocidade do motor. O sistema é capaz de adequar o desempenho do veículo ao estilo de condução, inclinação do terreno e nível de carga, atingindo, simultaneamente, desempenho e durabilidade.
 
Destaque para o botão que aciona os modos de condução ECO e Power. Com essas programações, o motorista pode escolher como a picape vai se comportar. No modo ECO, motor e transmissão, bem como resposta do acelerador, ficam mais suaves, com giro menor e acelerador com resposta mais lenta. Tudo para economizar combustível. Já o modo Power, muda todo o comportamento para o desempenho. O acelerador fica muito mais sensível, e o giro do motor sobe mais, antes de efetuar as trocas de marcha.
 
Segurança
 
A picape foi aprovada nos testes independentes de segurança do Latin NCAP, tendo atingido a nota máxima (cinco estrelas) para passageiros dos bancos dianteiros e traseiros, estabelecendo parâmetros inéditos de segurança dentro de seu segmento. Esse é um mérito incontestável da picape Hilux, já que outros modelos, sequer foram testados pelo instituto.
 
Na linha 2017, a versão bicombustível SR 4x2 acompanha freios ABS com distribuição eletrônica (EBD), cintos de segurança dianteiros e traseiros com três pontos, air-bags frontais (para motorista e passageiro) e um de joelho, e o sistema ISOFIX para fixação de cadeirinha para crianças no banco traseiro.
 
As versões SRV da picape possuem ainda Assistente de Frenagens Emergenciais (BAS), Controle Eletrônico de Estabilidade (VSC), Controle Eletrônico de Tração (A-TRC), Assistente de Reboque (TSC) e Assistente de Subida (HAC).
 
No uso
 
A capacidade de carga da picape da Toyota está na média, com 830 kg para a versão SRV 4x4. A Chevrolet S10, por exemplo, tem capacidade de 817kg na 4x4 LTZ. Na Toyota, as dimensões da caçamba são adequadas para um uso de trabalho, sendo comprimento de 1.569mm, largura de 1.645mm e altura de 481mm.
 
Fora de estrada
 
Um ponto de destaque da Toyota, é o seu uso no fora de estrada. Ela tem generosos 28,6 cm de altura em relação ao solo. Seu ângulo de ataque é de 31 graus, enquanto o ângulo de saída é de 26 graus. Além disso, a picape mostra muita consistência de suspensão em situações de uso extremo, como fora de estrada ou pisos bem acidentados. Fato que o conforto “ao rodar” da picape fica um pouco reduzido. Isso por conta da suspensão mais dura, e muito resistente.
 
Quando comparada às principais concorrentes, fica evidente a superioridade da picape de Toyota no quesito fora de estrada. A S10 tem altura do solo de 23 cm, e angulo de ataque de 31 graus, enquanto o de saída é de apenas 17 graus. Já a Ford Ranger tem altura do solo de 23,2 cm, com angulo de ataque de 28 graus e de saída de 26 graus.
 
Preços e mercado
 
Fato que a Hilux Flex não é barata. Aliás, quando comparada com as concorrentes é sempre mais cara. A SR 4x2 parte de R$ 113,3 mil. A SRV 4x2 sobe para R$122,5 mil, e a SRV 4x4 vai à R$ 133 mil. Quando olhamos para a picape Hilux diesel, fica evidente a vantagem comercial da flex, pois a Hilux 2.8 Manual à diesel para de 134,2 mil. Então, a mais equipada possível flex, ainda é mais barata que a básica à diesel. A versão 2.8 diesel SRV com 4x4, sobe para R$ 168,6 mil.
 
Com isso, fica claro o foco e cliente dessa versão Flex SRV 4x4. Estamos falando de uma picape para o cliente que anda pouco (pois o consumo é elevado) e faz uso frequente da picape em ambientes urbanos, e não gosta da vibração ou ruído do diesel. Mas precisa de um veículo para situações pontuais de trabalho, ou ainda deslocamentos em locais de difícil acesso onde um automóvel ou picape derivada de automóvel não vai conseguir passar ou chegar. També cabe destacar que a SRV Flex 4x4, é a picape mais sofisticada da categoria,  quando o assunto é equipamentos e recursos internos da cabine.

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