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Recursos para financiamento atingem o melhor resultado do ano

Total acumulado é de R$ 72,1 bilhões, queda de 11% em doze meses; taxa de inadimplência é de 4,7% para pessoas físicas e de 5,2% para pessoas jurídicas

O mercado de crédito de veículos registrou em novembro o melhor resultado do ano na carteira de CDC (Crédito Direto ao Consumidor). Foram liberados R$ 7,3 bilhões, o que representa uma alta de 10,4% em relação ao mês anterior e de 6,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Até então, o maior volume de recursos liberados foi registrado em agosto, que foi de 7,2 bilhões.

Desse total, R$ 6,6 bilhões foram destinados às pessoas físicas, o que corresponde a uma alta de 10,4% em relação a outubro e de 7,8% em doze meses. Para as pessoas jurídicas foram liberados R$ 717 milhões, volume 7,3% superior ao registado no mês anterior, mas queda de 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

“O mercado ainda sente a ausência de consumidores que receiam a aquisição de  bens de maior valor. Esse cuidado está refletindo na queda do endividamento. Em dezembro,  os volumes – que serão detalhados oficialmente em breve – devem registrar uma leve recuperação, mas ainda muito aquém dos anos anteriores, quando tínhamos um mercado forte”, avalia Gilson Carvalho, presidente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).

Na carteira de leasing foram liberados R$ 194 milhões, alta de 32% na comparação com outubro, mas queda de 17,4% em doze meses. Para as pessoas físicas foram destinados R$ 158 milhões, volume 41,1% superior ao registrado no mês anterior e 19,7% maior que o mesmo período de 2015.  Os outros R$ 36 milhões liberados para as pessoas jurídicas representam um aumento no volume de negócios de 5,9% na comparação com outubro, mas uma queda de 65% em doze meses.

Saldo das carteiras

O saldo das carteiras totalizou R$ 162,8 bilhões, dos quais R$ 158,3 bilhões foram destinados para as operações de CDC e R$ 4,5 bilhões para o leasing. Esse indicador corresponde a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto). No ano passado essa taxa era de 3,1% - uma queda de 0,5 pontos percentuais. Esse resultado equivale a 5,2% do total do crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) e 10,5% do total das operações de crédito – Recursos Livres.

Inadimplência

Em novembro, o índice de não pagadores nas operações de financiamento manteve o mesmo nível do mês anterior: 4,7%. Em um ano, a taxa aumentou 0,6 ponto percentual. Na carteira de leasing, a taxa foi de 3,9%, o que representa uma redução de 0,1 ponto percentual em relação a outubro e de 2 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2015.

A taxa de inadimplência das pessoas jurídicas mantiveram os mesmos índices nas carteiras de CDC e leasing e foram de 5,2% e 4,2% respectivamente. Em doze meses, no entanto, registraram alta de 0,4 (CDC) e 0,9 ponto percentual (leasing).

Taxas de juros

As taxas praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes para o consumidor na comparação com as instituições independentes. Em outubro, as entidades associadas à ANEF cobraram juros de 23,28% ao ano e 1,76% ao mês, enquanto os independentes trabalharam com 25,90% e 1,94%, respectivamente.

O prazo médio das concessões é de 42,4 meses. Já o prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.