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Avaliação: Chevrolet S10 4x4 Flex pronta para o trabalho

Avaliação: Chevrolet S10 4x4 Flex pronta para o trabalho

Motor Flex mais potente da categoria é ideal para o trabalho “sofisticado”

Geralmente, picapes ideias para o trabalho trazem moto res a diesel. As principais vantagens são: maior economia de combustível e muita força em baixa rotação. Mas a desvantagem é o custo de aquisição inicial. Uma picape diesel pode custar quase R$ 50 mil à mais, só por conta da moto rização diesel, que recebe um imposto muito maior. Assim, a picape a diesel só é vantagem para quem vai rodar realmente bastante, para compensar a diferença do investimento inicial. Mas e quem precisa de uma picape com tração nas quatro rodas, roda pouca e não quer abrir mão de conforto e sofisticação?! É para esse cliente, que a Chevrolet criou a S10 LTZ Flex, com tração 4x4 e câmbio manual. O fato mais interessante no moto r Flex da Chevrolet, é que ele não deixar nada a dever, em relação às opções com diesel, no quesito força e potência.
 
Esse poderoso moto r com apenas quatro cilindros, traz duplo comando de válvulas totalmente variável (tanto no comando de admissão, quanto exaustão). Com 2,5 litros, o moto r Flex ECOTEC produz até 206 cavalos de potência, com um torque máximo de 27,3 kgfm (quando abastecido com etanol) e 197 cv e 26,3 kgfm de torque com gasolina. Dessa forma, ele é o moto r Flex mais potente do mercado a equipar uma picape média, no Brasil. Essa potência é tão alta, que a Mitsubishi L200 precisa de um moto r V6 de 3,5 litros, para entregar potência menor que o da Chevrolet, com apenas quatro cilindros! E quando comparado aos concorrentes Flex de 4 cilindros (Toyota e Ford), o moto r da GM da um show de performance.
 
Dessa forma, é inegável o salto tecnológico que a Chevrolet deu com esse novo moto r. O novo moto r 2.5 ECOTEC reúne o que existe de mais moderno em tecnologia: injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas continuamente variáveis e bloco em alumínio com camisa em ferro fundido. Completam a lista um eixo balanceador (para reduzir vibrações), pistões em alumínio com resfriamento por jatos de óleo, bomba de óleo variável, controle eletrônico da temperatura do moto r e sistema de partida a frio sem tanquinho e sem pré-aquecimento do combustível!
 
A grande evolução é certamente a injeção direta de combustível (num sistema flex) que permite ao moto r trabalhar com maior eficiência, pois o combustível é injetado diretamente na câmara de combustão. E é exatamente essa tecnologia que permite partidas seguras, mesmo com etanol, sem precisar pré-aquecer o combustível. Para isso foi usado um bico injetor extremamente preciso, que vaporiza o combustível diretamente no cilindro. Dessa forma, e com a compressão, a mistura de ar e combustível se aquece espontaneamente, garantindo a partida. Para que isso funcione perfeitamente, a picape possui duas bombas de combustível: uma no tanque e outra no cabeçote.
 
O duplo comando de válvulas continuamente variável, ao mesmo tempo que muda o tempo de abertura e fechamento das válvulas, aumenta o torque e a potência conforme a necessidade do moto rista, otimizando o consumo de combustível e reduzindo as emissões. Segundo a Chevrolet, esse novo moto r é até 6% mais econômico (nas mesmas condições) que o antigo 2.4 litros Flexpower.
 
Vale destacar que esse é um moto r para aplicação longitudinal (e não transversal). Assim, ele é aplicado em picapes e crossovers da marca. Nos EUA, ele equipa também a picape Colorado (sem ser flex). Então, segundo a engenharia da Chevrolet, a chance dele ser aplicado num automóvel, é muito pequena. Outro fato importante é que o desenvolvimento do sistema Flex para esse moto r é totalmente brasileiro. Foi a engenharia da Chevrolet Brasil que fez o sistema de injeção direta funcionar com o Flex!
 
Tração 4x4 e câmbio manual de 6 marchas
 
Ainda que não seja uma novidade na picape da Chevrolet, a tração 4x4 está sendo usada pela primeira vez numa versão com moto r Flex. O sistema de tração contempla o acionamento por controle eletrônico e inclui a opção da reduzida. Essa é a mesma tração que equipa as versões diesel da picape S10. Assim, do ponto de vista de mobilidade, a S10 4x4 não tem qualquer limitante para conseguir fazer as mesmas coisas que a versão à diesel faz no fora de estrada. Mais importante ainda, são os diversos sistemas de apoio eletrônicos que a picape da Chevrolet oferece. (abordados mais a frente nessa matéria).
 
Outra interessante novidade, é que o novo moto r Flex vem associado a uma caixa de câmbio manual de seis marchas. Esse é outro importante fator para o bom desempenho da picape. Assim, sempre existe uma marcha ideal para as diversas situações de uso. Ainda que o câmbio automático seja mais confortável, é sempre um câmbio manual que atende muito melhor nas situações de trabalho, ou uso extremo.
 
Quem já precisou enfrentar em complicado atoleiro, ou rebocar algo muito pesado, ou ainda subir e descer rampas realmente inclinadas, sabe que a opção do câmbio manual é muito mais interessante. Isso porque ele permite controle muito maior sobre o veículo. Justamente por isso, a S10 4x4 Flex é a opção para quem procura uma picape sofisticada, para também trabalhar com ela.
 
O típico cliente
 
Imagine um veterinário, que precisa andar na cidade, e também chegar em locais de difícil acesso para atender os clientes. Acessos de fazendas e propriedades rurais podem ser bem difíceis depois de uma chuva forte. Ou ainda um produtor do agronegócio que sempre precisa acompanhar de perto sua produção. E isso sem falar na necessidade de transportar algumas coisas pesadas. Ou ainda algum que trabalha com Ecoturismo e precise transportar pessoas e equipamentos para regiões pouco exploradas. Todas as essas pessoas não rodam necessariamente muito, mas certamente precisam de um veículo capaz de enfrentar condições de rodagem difícil, além de um uso urbano frequente. E todas elas, esperam um bom nível de conforto e equipamentos. Justamente por isso, que a versão LTZ da S10 pode ser uma boa pedida.
 
Evoluções
 
Recentemente, o interior da S10 recebeu mudanças com reforços no isolamento acústico da cabine, utilização de acabamento mais primoroso com a adoção de novos materiais, além de equipamentos de série adicionais. Na nova versão LTZ, todo o painel conta com uma nova textura, mais suave ao toque, além de moldura central do painel e das portas e do volante em material preto brilhante. O descansa braço recebe acabamento em couro na cor cinza com pespontado.
 
A lista de equipamento de série da versão LTZ também cresceu. Destaque para o Assistente de Partida em Rampas (Hill Start Assist), que não permite que o veículo recue em saídas íngremes, e o Assistente de Descida (Hill Descend Control), que controla a velocidade em descidas íngremes sem a necessidade de intervenção do moto rista, proporcionando maior segurança. Completa a relação os controles eletrônicos de tração e de estabilidade (TC e ECS) e o controle de balanço de reboque (TSC), que aciona automaticamente os freios e reduz o torque do moto r, caso seja detectado alteração da trajetória do trailer, por exemplo.
 
A versão LTZ (topo de linha) já sai muito bem equipada. Entre os destaques pode-se destacar banco do moto rista com todos os ajustes elétricos, volante com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital e automático e central multimídia com GPS e tela sensível ao toque.
 
Dirigibilidade
 
Ainda que a S10 seja a mesma picape, o novo moto r possibilitou um desempenho muito mais expressivo. Para começar, o novo moto r é muito mais confortável. Aquele barulho característico do diesel, bem como a vibração de todo o conjunto, não se faz presente. Aliás, o esse novo moto r pode ser comparado ao de um automóvel, tanto na suavidade como no nível de ruído. E considerando o nível de potência, o moto rista conta com um desempenho nitidamente melhor que o moto r a diesel, quando usado na estrada. Dessa forma, a S10 à diesel só tem duas vantagens sobre a nova versão flex: um pouco mais econômica e a entrega de mais de força em rotações baixas. De resto, o novo moto r Flex só tem vantagens.
 
No fora de estrada, a picape de Chevrolet não faz feio. A boa altura em relação ao solo de quase 23 cm, e o elevado ângulo de entrada de 31 graus, asseguram bom desempenho na maioria dos desafios. E os pneus de medida 255/65 R17 oferecem um ombro alto, permitindo uma boa absorção em impactos. O único senão é o baixo ângulo de saída, de apenas 18 graus.
 
Desempenho
 
 Na estrada, por exemplo, o consumo está numa faixa boa. Com gasolina, e em velocidade constante de 110 km/h, sem carga na caçamba e com ar-condicionado ligado, a média chega à 10 km/l de gasolina. No etanol cai para perto de 7,5 km/l. Ainda sim, uma boa média para uma picape que pesa quase 2 mil quilos. De 0 à 100 km/h, são necessários apenas 9 segundos. E a velocidade máxima é de 163 km/h. A capacidade de carga é de 770 quilos.
 
Sofisticação
 
Que a S10 4x4 Flex está pronta para os grandes desafios, ninguém dúvida. Mas a versão LTZ topo de linha ainda consegue ter o seu toque de sofisticação. Pra começar, a picape traz todos os principais equipamentos de conforto e conveniência, que inclui: conjunto elétrico de travas e vidros, controle de cruzeiro, coluna de direção regulável em altura, rodas de liga leve, faróis dianteiros tipo projetor, lanterna traseira em LED, sensor de estacionamento, bancos em couro, volante multifuncional, rack de teto e câmera de ré.
 
Mas o grande destaque é justamente a central multimedia. Batizada de My Link, esse é o mesmo sistema usado no Cruze e no Camaro . Assim, a Chevrolet oferece a melhor central multimedia da categoria, na S10 Flex LTZ.
 
Essa central conta com interessantes características, como: tela touch screen de sete polegadas, CD player compatível com MP3, entrada USB, entrada auxiliar P2, conexão Bluetooth completa (viva-voz e reprodução de música digital sem fios), visualizador de fotos, navegador GPS e amplo reconhecimento de voz. Apenas falando com a central, o usuário pode interagir com a agenda e  realizar ligações telefônicas, como também dar ordens para a navegação, e controle das funções do áudio. E tudo isso em português do Brasil.   É um fato que o sistema MyLink se destaca por uma interface verdadeiramente intuitiva e de fácil navegação. O usuário pode escolher fazer uso da tela touch screen. E as funções se estendem à configurações do carro, como o destravamento re moto das portas, iluminação e o volume de áudio compensado pela velocidade.   A grande funcionalidade da central pode ser vista na navegação GPS. Além de gráficos de boa qualidade, a central é ágil na operação. Concorrentes como Corolla e Civic, trazem centrais mais lentas no processamento. Na S10, um Zoom In ou Zoom Out, é realizado quase que instantaneamente. As instruções de navegação também são claras. Aliás, antes mesmo de começar a navegar, o sistema exibe um sumário que permite mudar configurações do trajeto, como percurso mais curto, rápido ou ecológico. A base de dados contida na central também é bastante ampla, com informações de bares, restaurantes, centros de compra, locais turísticos e postos de gasolina. E quando o tanque entra na reserva, a central pergunta automaticamente se o moto rista que conduzir até o posto mais próximo. Por fim, quando o trajeto é estabelecido, a central auxilia com ilustrações gráficas ampliadas, manobras mais complicadas, como quando o carro se aproxima de uma “trifurcação” e o moto rista precisa pegar a saído do meio.
 
Preço
 
A picape S10 Flex 4x4 LTZ tem preço sugerido de R$ 110 mil. Único opcional é a pintura metálica que acrescenta R$ 1,5 mil no preço. De resto, tudo é de série na picape. Esse valor é, em média, R$ 35 mil a menos que outras picapes médias equipadas com moto res a diesel e tração 4x4.