Recursos liberados para financiamento caem 12,6% em doze meses
No acumulado do ano foram liberados R$ 64,7 bilhões, contra os R$ 74,1 bilhões registrados nos dez primeiros meses de 2015
Diante das incertezas do cenário econômico atual, o volume de recursos liberados continua caindo no setor automotivo, refletindo o pessimismo dos consumidores que têm optado por adiar as suas compras. De acordo com o relatório divulgado pela ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), nos primeiros dez meses deste ano foram liberados R$ 64,7 bilhões para financiamentos, o que representa uma queda de 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 74,1 bilhões). Desse total, R$ 57,5 bilhões foram destinados para as pessoas físicas (volume 13,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado) e R$ 7,2 bilhões para as pessoas jurídicas (queda de 7,9% em doze meses).
“A instabilidade econômica do País tem gerado desconfiança entre pessoas físicas, o que reduz, e muito, o número de financiamentos de veículos novos. Isso acontece porque os consumidores, com menor renda disponível, estão buscando opções de baixo comprometimento mensal. Assim, acabam direcionando recursos para a aquisição de veículos usados e seminovos, que são mais baratos e apresentam parcelas mais acessíveis. Para se ter ideia, em 2012, comercializava-se um carro novo a cada 2,5 usados. Já em 2016, esse número já é de quase 1 novo para 5 usados. Essa movimentação altera os dados de financiamento de toda a cadeia”, avalia o presidente da entidade, Gilson Carvalho.
Nas operações de leasing foi liberado, até o momento, R$ 1,7 bilhão, recuo de 31,3% em um ano. Para as pessoas físicas foram liberados R$ 557 milhões, volume 38% menor na comparação com o mesmo período de 2015. Já para as pessoas jurídicas foram destinados R$ 1,1 bilhão, recuo de 24,7% em doze meses.
Negócios em outubro
Os bancos liberaram R$ 6,6 bilhões na carteira de financiamentos, o que representa um pequeno aumento de 0,9% em relação ao mês anterior, mas queda de 0,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Para as pessoas físicas foram destinados R$ 5,9 bilhões, o que corresponde a uma ligeira alta de 2,6% na comparação com setembro e de 0,8% em um ano. Já para as pessoas jurídicas, a curva continua descendente: foram liberados R$ 668 milhões, redução de 12,7% na comparação com setembro e de 11,9% com o mesmo mês de 2015.
Para as operações de leasing, foram destinados R$ 146 milhões, queda de 1,4% em relação a setembro e de 28,8% em doze meses. Desse total, R$ 112 milhões foram liberados para as pessoas físicas, alta de 0,9% em relação ao mês anterior, mas diminuição de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. As pessoas jurídicas responderam por R$ 34 milhões do volume de negócios, recuo de 8,1% em relação a setembro e de 61,4% em doze meses.
Taxas de juros
As taxas praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes para o consumidor na comparação com as instituições independentes. Em outubro, as entidades associadas à Anef cobraram juros de 23,38% ao ano e 1,76% ao mês, enquanto os independentes, 25,80% e 1,93%, respectivamente.
O prazo médio das concessões foi mantido em 42 meses. Já o prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.
Inadimplência
A taxa de inadimplência na modalidade CDC para pessoas físicas foi de 4,7%, o que representa uma alta de 0,1 pontopercentual na comparaçãocom setembro e de 0,7 ponto percentual em doze meses. Nas operações de leasing, a taxa de não pagadores ficou em 4% - mesmo índice registrado no mês anterior, porém 2,0 pontos percentuais maior que o mesmo período do ano passado.
Para as pessoas jurídicas, o índice de inadimplentes na carteira de CDC foi de 5,2%, alta de 0,1 ponto percentual na comparação com o mês anterior e de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2015. Na modalidade leasing, a taxa foi de 4,2%, elevação de 0,2 ponto percentual na comparação com setembro e de 0,9 ponto percentual em doze meses.
Projeções
A ANEF estima que o saldo de financiamento deverá ficar em R$ 155,7 bilhões, queda de 15% em relação ao resultado alcançado no ano passado, que foi de R$ 183,2 bilhões. Já o volume de recursos liberados deverá cair 15,8%, passando de R$ 92 bilhões para R$ 77,5 bilhões.
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