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Avaliação: Chevrolet Trailblazer V6 LTZ 2015

Avaliação: Chevrolet Trailblazer V6 LTZ 2015

Versão com motor V6 à gasolina ganha injeção direta e fica mais potente

No final do ano passado, a Chevrolet apresentou a Trailblazer no ano/modelo 2015. Entre as novidades, a principal foi chegada da injeção direta de combustível na versão com moto r V6 de 3.6 litros. Além disso, a Trailblazer também recebeu melhorias no acabamento interno, para melhor percepção do cliente. No geral, as mudanças foram feitas para agradar especificamente o cliente Chevrolet, que pedia tais mudanças.
 
Interior
 
Entre as mudanças, o destaque vai para os bancos com acabamento em dois tons com a cor marrom predominante, assim como materiais de melhor qualidade. A cor preto brilhante é usada no console e base da alavanca da transmissão. O isolamento acústico está nitidamente melhor, reduzindo assim ruídos indesejáveis no interior do veículo.
 
A Chevrolet Trailblazer 2015 ganhou um aspecto mais luxuoso no interior por causa da nova padronagem dos bancos, portas e painel. A textura dos materiais também ficou mais agradável ao toque. Com isso, o painel ganhou um tom mais sóbrio para ressaltar as novas molduras em preto brilhante e detalhes cromados, como o anel que envolve os comandos do ar-condicionado e a alavanca da transmissão. Sai o bege e entra um marrom mais discreto – batizado de “brownstone”.
 
Dimensões e espaço interno
 
Com um comprimento total de 4,88 metros e largura de 1,9 metro, o utilitário “de verdade” da Chevrolet tem um interior muito espaçoso. Outro ponto que ajuda é a distância entre-eixos de 2,85 metros. Isso permite bom espaço para as três fileiras de bancos.
 
A capacidade de carga variável, de acordo com a configuração dos bancos. O porta-malas traseiro vai de 205 litros com os sete bancos na posição normal, aumentando para 878 litros (com cinco bancos) a 1.830 litros, este último com todos os bancos traseiros rebatidos. Um detalhe importante é que tudo isso é feito apenas rebatendo os bancos, sem a necessidade de retirar qualquer peça do carro. E quando todos os bancos estão rebatidos, cria-se um piso praticamente plano de ponta a ponta. Outro item que merece muita atenção é a facilidade e praticidade com que se muda a configuração dos bancos. Qualquer pessoa (inclusive um idoso) consegue rebater e movimentar os bancos usando apenas uma mão. O processo é simples e não requer habilidade especifica.
 
Outro benefício desse avançado sistema de bancos é a possibilidade do ajuste da inclinação do encosto (em três posições) da fileira de bancos do meio. Certamente, um conforto a mais para os passageiros.
 
Novo moto r V6 SIDI
 
O novo moto r V6 - 3.6 litros SIDI CVVT ficou mais potente que o anterior, entregando 277 cv a 6.400 rpm e 35,7 kgfm a 3.700 rpm. Antes eram 239 cv a 6.600 rpm e 33,5 kgfm a 3.200 rpm. Ainda que a potência tenha aumentado, a GM fala em redução de 4% no consumo. Isso é possível graças ao uso de tecnologia mais avançada, como a injeção direta, que faz um melhor aproveitamento do combustível. Além disso, o propulsor é feito em alumínio e possui coletor de escape integrado ao cabeçote, assim como coletor de admissão de plástico e comandos de válvulas variáveis (CVVT). Tudo isso faz desse um moto r mais eficiente, pois esquenta mais rápido (de manhã cedo) e perde menos energia no uso. Assim, os 38 cv e 2,2 kgfm a mais, são mais notados justamente em rotações mais altas, quando o veículo esta na estrada. Nas saídas, o SUV também ficou um pouco mais esperto, com uma condução mais prazerosa. A título de informação, a Chevrolet Trailblazer 2015 tem outra versão 2.8 CDTI (Diesel) que continua sem mudanças, com 200 cv de potência e 51 kgfm de torque.
 
Desempenho
 
Com as mudanças, a Trailblazer melhorou consideravelmente. São apenas 8 segundos para acelerar até 100 km/h (contra 10 s da versão anterior). Pelo computador de bordo, a injeção direta permitiu atingir consumo de 6 km/l na cidade e no máximo 10 km/l na estrada (esse último com velocidade constante de 110 km/h, sem carga e com ar-condicionado ligado).
 
Dirigibilidade
 
Na cidade, o SUV é bastante confortável e bom de dirigir. Os 2.165 kg do veículo são empurrados sem muito esforço pelo eficiente moto r 3.6 litros que faz par com um câmbio automático de seis marchas. Suas trocas de marchas são relativamente rápidas e suaves. Outra qualidade no conjunto é a leve direção hidráulica que oferece quase três voltas e meia, de batente a batente, o que ajuda em manobras. Em alguns momentos, você nem se dá conta de que está ao comando de um utilitário de 4.87 m de comprimento.
 
Outra virtude notada por quem viaja no Trailblazer é o baixo nível de ruído dentro da cabine. Segundo a Chevrolet, o acerto foi possível graças à otimização das guarnições das portas e ao aperfeiçoamento do isolamento acústico do painel que isola o moto r.
 
Suspensão aperfeiçoada
 
Outro item que contribuiu para uma ótima dirigibilidade é a alteração de componentes da suspensão. A GM promoveu a substituição de buchas das balanças dianteiras, que ficaram mais rígidas, garantindo assim melhor estabilidade direcional e um comportamento melhor no fora de estrada. Além disso, o conjunto passou a filtrar mais as irregularidades do solo.
 
Funcional
 
Mas o Trailblazer revela todo seu potencial no conteúdo técnico. A Trailblazer vem equipada sistema de tração que permite o acionamento de 4x4 ou reduzida por comando eletrônico e com o carro em movimento. E isso é feito por meio de um seletor no painel, que dispensa a alavanca manual. Além disso, conta com ângulos de ataque de 32 graus e 19,4 graus de saída. No total, são quase 20 centímetros de altura em relação ao solo, o que permite superar pequenos morros sem problemas.
 
O Trailblazer se mostra capaz de superar obstáculos que modelos como VW Tiguan, BMW X3, Hyundai Santa Fé certamente não seriam capazes de encarar. Mesmo em obstáculos realmente difíceis, o SUV da GM mostrou que é muito mais valente do que realmente parece. Ainda sim, a capacidade no fora-de-estrada não fica comprometida com o câmbio automático, graças aos assistentes eletrônicos que o modelo inclui de série, para as aventuras no 4x4, como o controle eletrônico de descida de rampa e o assistente de partida em rampa que não deixa o carro escorregar para trás, numa parada rápida.
 
Equipamentos
 
No Brasil, a Trailblazer só possui uma única versão de acabamento. Trata-se da topo de linha LTZ. Assim, tudo nesse modelo é de série, sem opcionais. A Trailblazer V6 traz de fábrica seis airbags, ar condicionado digital e automático, banco do moto rista com ajuste elétrico, direção com assistência hidráulica somando ajuste de altura e profundidade, multimídia MyLink com navegador e câmera de ré, rodas de liga leve aro 18 polegadas e lanternas traseiras em LED.
 
Ainda que o modelo ofereça bons equipamentos, a Chevrolet poderia pensar em oferecer um ar-condicionado de dupla zona na frente e sistema de partida re moto , igual ao da Captiva ou Novo Cruze. Ou ainda a função de chave presencial, disponível também no Novo Cruze. Afinal, o Trailblazer concorre num segmento premium.
 
Central Multimedia MyLink
 
Certamente, um grande diferencial do carro é justamente sua avançada central multimedia. Essa central conta com interessantes características, como: tela touch screen de sete polegadas, CD player compatível com MP3, entrada USB, entrada auxiliar P2, conexão Bluetooth completa (viva-voz e reprodução de música digital sem fios), visualizador de fotos, navegador GPS e amplo reconhecimento de voz. Apenas falando com a central, o usuário pode interagir com a agenda e  realizar ligações telefônicas, como também dar ordens para a navegação, e controle das funções do áudio. E tudo isso em português do Brasil.
 
É um fato que o sistema MyLink se destaca por uma interface verdadeiramente intuitiva e de fácil navegação com o uso da tela touch screen. E as funções se estendem à configurações do carro, como o destravamento re moto das portas, iluminação e o volume de áudio compensado pela velocidade.
 
A grande funcionalidade da central pode ser vista na navegação GPS. Além de gráficos de boa qualidade, a central é ágil na operação. Concorrentes como Hilux SW4 e Pajero Dakar trazem centrais mais lentas no processamento. Na Trailblazer, um Zoom In ou Zoom Out, é realizado quase que instantaneamente. As instruções de navegação também são claras. Aliás, antes mesmo de começar a navegar, o sistema exibe um sumário que permite mudar configurações do trajeto, como percurso mais curto, rápido ou ecológico. A base de dados contida na central também é bastante ampla, com informações de bares, restaurantes, centros de compra, locais turísticos e postos de gasolina. E quando o tanque entra na reserva, a central pergunta automaticamente se o moto rista que conduzir até o posto mais próximo. Por fim, quando o trajeto é estabelecido, a central auxilia com ilustrações gráficas ampliadas, manobras mais complicadas, como quando o carro se aproxima de uma “trifurcação” e o moto rista precisa pegar a saído do meio. A título de curiosidade essa é a mesma central utilizada no Novo Cruze e no Camaro .
 
Preço e mercado
 
Produzido em São José dos Campos - São Paulo, o SUV da Chevrolet tem garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem, e é oferecido nas cores Branco Summit, Carbon Flash, Prata Switchblade, Cinza Aztec, Cinza Cyclone, Cinza Evenstar e Verde Deepwood. O preço sugerido é de R$ 148 mil, sem pintura metálica.
 
Ficha técnica
 
Motor: à gasolina longitudinal com 3.564 cm³, seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e duplo comando no cabeçote. Injeção direta eletrônica.
Potência: 277 cv a 6.400 rpm.
Torque máximo: 34,5 kgfm à 3.700 rpm.
Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré.
Tração integral com opção de redução e seletor eletrônico rotatório.
Aceleração 0-100 km/h: 8 segundos.
Velocidade máxima: 180 km/h.
Pneus: 265/60 R18.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás com ABS com EBD.
Dimensões: 4,88m de comprimento, 1,9m de largura, 1,84m de altura e 2,85m de entre-eixos
Suspensão Dianteira: independente com braços articulados com barra estabilizadora.
Suspensão Traseira do tipo multilink com barra estabilizadora.
Altura mínima do solo: 19,3 cm
Ângulo de ataque: 32°
Ângulo de saída: 19,4°
Peso: 2.104 kg em ordem de marcha
Capacidade do porta-malas: de 235 a 1.830 litros
Tanque de combustível: 76 litros